sábado, 6 de outubro de 2012

Certificando-nos

É importante acreditar no amor.
Parecemos piegas?
Se por enquanto a vida traz a cor
Em amizades cegas,
Ele vem vindo
E não nega.
O amor pode estar em qualquer parte.
Não acredita?
É o momento que não "bate",
Mas arrebita
Sua lembrança leve a todo tempo.
O que nos incita
A prosseguir buscando
Caminho sem ita.
Equilíbrio virá na aurora,
Cada movimento a seu tempo.
O que deixamos outrora
Em cuidados da "velha senhora"
Nos será entregue à hora
De amar e amar sem demora.

domingo, 26 de agosto de 2012

Medo




É o medo que impede as pessoas
De abaixar a alta rotatividade
De sossegar
De dormir e acordar sob o mesmo olhar.
Não importa a escolha
É interessante observar.

É o medo que adverte as pessoas:
“Pra que a amarração se ainda dá pra soltar?”
“Por que a sensação rotineira se o bom da vida é pular?”

É o medo. É ele mesmo.
Mas, o quanto tarde não seja,
A coragem há de chegar.
A gente não liga de esperar.

(Clara Marinho)

Voa lá











Algumas pessoas são verdadeiros artistas.
Com sua argumentação e encantamento
Conseguem muita coisa.
Uma amizade, um amor ao casamento.
Até mesmo convencer uma banca de vestibular
Sobre sua habilidade em se expressar.
Pensemos: podemos todos ser
Livres para viver e escolher atitudes.

Com imaginação, vai-se.
Com arte, esvai-se.
Eu, se tivesse asas, voaria mesmo!
É um sonho que se repete em muitas noites.
É um ganho que Deus deu aos coloridos
E desenvoltos pássaros do céu.
Mas ser livre é primordial, é carnal e magistral
Como a luz que se vê do alto
Ao encontro com a cidade no baixo.
É, nossa mente, gigante e contundente.
É simples, o simples viver da gente.

(Clara Marinho)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Lem...bra?

Se a lembrança tivesse sobrenome
Seria Perseguição
Abriria-lhe um inquérito
Para maior investigação
Quem perde noites de sono
Sabe do que estou a dizer
E se ela nos atrasa a vida
O que se há de fazer
Lembrança vem no cheiro
No gosto, na imagem
De outro tempo, a mensagem
Pedindo para entrar
Escolho dar-lhe as boas-vindas
Permitindo-a me empurrar
Àquele poço sem volta
Um passado a se afogar.
Àquele mar sem cabelos
Para não me segurar.
E me perco lembrando
Lembrando e a vagar.

(Clara Marinho)


Semiótica Tensiva e Amor


Quero a tonicidade do amor da vida
O andamento acelerado das batidas
Para findar o suspense, quero
Que a exacerbação vença a atenuação
Espero!
Quero o Acontecimento
Quero a Iconização
Não quero "paz" no coração.


(Clara Marinho)



Atrás da porta

Tenho medo da instabilidade da vida
De tanta surpresa malvadinha
Por isso, eu quero fazer
Como a criança que aperta a campainha
E sai correndo pra ninguém ver.
Quero dizer uma frase a você
E depois colocar as mãozinhas nos olhos
E me esconder, até me achar
Quando for a sua hora.

(Clara Marinho)


alma

 Nova fase, adormeço
Liberdade não tem preço
O santo que não conheço
Traduz ao Santo um apreço
Novo e contundente, pois mereço.

Dignidade ativada com sucesso
Silêncio efetivado, e não meço
A dor que deveria sentir, apenas peço
Que voe alto, ou arremesso
Minha saudosa alma, ou tropeço.

                                 (Clara Marinho)

domingo, 22 de janeiro de 2012



A amizade entre professor e aluno pode e deve existir...


Longe de estar certo, o menino Moncho
Imaginava, para seu primeiro dia de aula, um professor
Nada sociável, um verdadeiro carrasco.
Gente de bem era o homem!
Um mestre por excelência, conhecedor da natureza,
Amante dos livros, um bom exemplo, com certeza.

Don Gregório, como tantos, dedicou-se por longo tempo
A ensinar aos pequeninos,
Somando-lhes à vida grandes doses de carinho.

Mediadores de sua leitura, somos, muitas vezes, espelho para nossos alunos.
Apesar de um sistema de estruturas balançadas, podemos
Realizar, com eles, formas alternativas de chegar ao conhecimento.
Inventar métodos dinâmicos e criativos,
Por uma nova e melhor Educação.
O nosso ensinar é também aprendizado.
Sabemos o conteúdo, mas são os alunos,
Aqueles meninos que irão nos dar a parte sensível da profissão.
Saibamos ouvi-los!

(Clara Marinho)

sábado, 21 de janeiro de 2012


Experimentar atitudes, é disso que se trata,
Seja o filme, seja a aula, seja o "estágio".
Criar desafios, se jogar com certeza de vitória.
Riscos, problemas, por tudo se passa,
Inevitavelmente.
Todo tipo de aluno existe: o interessado, o ali obrigado...
O difícil é compreender as individualidades,
Respeitar opiniões, mediar avanços,
Escamotear preconceitos,
Simplesmente abonar os defeitos.

De nada adiantam os exemplos se não os seguimos, mas
Alguém sempre acaba aproveitando: houve quem fizesse uma

Linha no meio da classe, como Erin Gruwell.
Interessante.
Bonito de se ver como há pessoas praticando teorias utópicas
Existe esperança, acredita-se.
Revigora-se a vontade de mudar o pensamento
Dos meninos desconectados de seu futuro brilhante.
Aprendemos, ensinamos, compartilhamos ideias, para
Depois, poder contar uma história de verdade,
Experimentando o escrever, com um tanto de liberdade.


(Clara Marinho)