domingo, 28 de março de 2010
Tudo ao seu tempo
Compreendo tudo
Até que o tempo precisa
Simplesmente passar
Maturidade não me falta
Aliás, o juízo está-me a sobrar
Vivo a guilhotinar palavras
A por a máscara escura
A censurar-me em vez de me jogar
Quantos pontos se contam, aí, à virtude
Ao defeito, quantos se dão a somar
Que merecer há em mim desse amor
Ah! Ele também deve ser passível disso
Haverá, depois, o que hoje cabe ao tempo segurar
Ou o mesmo mestre tempo dar-se-á
O direito de tudo modificar
Não sei, ninguém sabe
"Futurismo" nunca é às claras
A mim, resta mesmo esperar
Nessa brincadeira, vou crescendo
E desenvolvo da paciência o praticar
(Clara Marinho)
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